Ailatan do Contrário

Assim sou eu...
Meu, eu, seu

diferentemente lindo
surpreendentemente belo
não me compare
sou incomum
não me provoque
eu sou todos e cada um

Sou feita de terezas e souzas
erundinas urbanas rurais
um misto de rodin, baudelaire, visconde de taunay
sou coliseu, champs-elysee
sou terra batida, eu sou sapê
um pouco de tudo que é seu, assim sou eu

Sou malemolência no olhar
vezes o descontrole do mar
não queira conhecer o meu eu
nem tente ser meu prometeu

Minha timidez é secreta
se constrangida vira vulcão
sou poesia abstrata e concreta
eu sou camaleão



Retrato

E assim olhava para o mundo

Tudo era feito de luz

Possui o dom de mudar um segundo

Juntando tudo ao que reduz.



Vive da alegria alheia

Sonha com um final feliz

Faz da bonita feia

Mudando de cena a atriz.



Sorri sem medida alguma

A fraco o forte conduz

Toca o coração como pluma

Aliviando de cada um sua cruz.



Fortaleza segura desfaz

Com os olhos demonstra o que vem

Da tristeza beleza traz

Para mostrar que seu forte é o bem.



Da lágrima tira sustento

Da dor faz inspiração

A vida enche de fermento

Para crescer nesse mundo vão.



É criança que repousa alegre

Debruçada em cima do livro

Sem martelo a idéia pregue

Na parede do seu abrigo.



As idéias não dizem a idade

_É sabida! diz a Maria

Traz virtude na maturidade

O que esconde é sabedoria.



Pelos olhos vejo o efêmero

Só queria tê-los por perto

Da imagem tirar o que quero

Em retrato torná-lo perpétuo.
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