Azul ao lado

Era azul.
Era azul em movimento.
Era azul estático.
Era azul cortado de laranja.
Era azul dançando. Azul amassado, azul em volta, do lado, em cima e embaixo.
Era azul molhado.
Era azul estampado.
Era azul amado.
Azul era a minha cor favorita nessa tarde para se ter ao lado.
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Era um domingo

Era apenas um domingo. Um dia normal, daqueles em que fazemos as coisas lentamente como se as horas não passassem como nos outros dias.
Era um domingo. Não era feriado, não tinha marco de estação, não tinha nenhum evento acontecendo, nenhum convite para um passeio, nenhuma comida especial, nada de extraordinário.
Era um dia. O ultimo da semana, ou o primeiro. Não importa. Era um dia vazio de significado. sem nada marcante para me fazer lembrar desse dia.
E no meio desse nada, tinha um tudo, que me veio assolar, abrir os olhos e me fazer aterrar. Era a falta que você fazia a se apresentar.
Ninguém era interessante. Ninguém me fazia falar. Ninguém era desejado para na minha vida participar. Ninguém entendia o meu jeito de olhar, ninguém preenchia minha vontade de amar.
Era um dia, onde ninguém era nada, nem suficiente, nem importante, nem interessante. Era um  dia em que eu vi você deixar ser falta para em mim habitar.

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Feeling



Era Debussy. 
Era só sentir, se preencher de vibraçoes. Era só apaziguar internamente o sentir. Era só olhar. Era só arrepiar. Era só perceber. Era só ser eu, eu sem nenhum você. Era para ser. Era para ser...
Era ver. Ver lá fora, no breu de um céu do norte, o mundo girar. Girar sem me movimentar, sem me permitir passar, sem eu ver me afetar, sem nenhum você lá, sem nenhum você lá...
Era paz. Era brisa refrescante. Era nuvem saltitante. Era noite. Era som. Era ausência de luar, de brilhar. Era lá, sem nenhum você para estar, sem estar...
Era lindo. Era de expressar. Era vontande de se abrir, de arriscar, de se jogar, apaixonar, de correr, de flutuar; de algum você lá, de um você lá...
Era letra no ar, no olhar, no dedilhar, no despertar, no prazer de trancrever, de ter um você para inspirar. Era um você a se tornar, era você a adentrar...
Era medo a se espatifar. Era trauma a secar. Era dar sem esperar. Era ser sem comparar. Era você a chegar. Era você a me transformar...
Era vontade de se apaixonar, de romance no ar, de chorar, rir e fraquejar. Era ser para você o que esperar. Era permitir-te entrar. Era você com um eu a encaixar...
Era só um escutar, Era só você a me afetar.
Era Clair de lune a tocar.
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Merlin


Na aura de um ser livre repousa uma brisa leve.
Daquelas que te sopram longe,
Para onde se atinge o alvo mais certo: o si mesmo

Indefidas formas ainda aos olhos meus, que vejo em bruma tornar-se tangível.
Coração pertencente a um mundo felino,
mas desdobravel ao escarceu centauriano.

Beleza compreensível nos atos crédulos de suas ideias.
Algo ainda a desvendar na clareza das ideias mais certas de uma mente literária.

Tem os olhos virados para a garoua, cujos retornam apenas para
certezas incertas maravilhosas.
Vejo-me nas dobras do mapa, oferecendo das entranhas amoras mais valiosas.

De perder quero aquém, e asseguro o contentamento,
Na firmeza do pulsar imposto, ter-te louco mas ter-te perto.

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