
Não pense que, porque usei a palavra confessar que é algo ruim ou errado. Não, pelo contrário.
Pela primeira vez senti uma inquietação por algo bom, talvez por saudade ou por simples mudança.
Todo mundo deixa coisas para atrás que sempre gostou, e mesmo sabendo disso vai se achando vanguardista de mais para voltar e experimentar, novamente, o sabor do conhecido.
Sabe aquelas coisas que te davam um prazer incomensurável, mas que eram tão singelas e desprezadas agora pelo conhecimento, maturidade ou pura hipocrizia?
Acordei sentido falta daquela felicidade. Felicidade desinteressada, natural, que acontecia nas tardes de chuva quando a mãe gritava:_ Sai da chuva!Vai ficar doente!
E a gente colocava com toda a graça que tinha a lingua para fora, as mãos como asas nas bochechas e presentiávamos a mamãe com uma bela careta.
Os escorregões na lama por causa da chuva, o choro por causa dos arranhões, o colo bronqueado por causa do aviso.
Ah! Que saudade disso!
Saudade da bagunça com as crianças, fazer algo errado e divertido, sentir por sentir, sem preceber que isso é felicidade.
Ah! Ignorância divina da infância. Ah! Conhecimento estarrecedor que o tempo traz.
As mães moldam os filhos para serem pequenos adultos hoje em dia.
Ah! Conhecimento estarrecedor que o tempo traz.
Só desejo a todos nós um pouquinho dessa inquietação.
Crescer é aventurar-se pelo desconhecido, sem crescer não desfrutariamos da infância. Mas afirmo, com toda certeza, que não pretendo deixar que ela escorra entre meus dedos que tentam segurar o tempo e as espectativas.
Quando virgens dessa moldura social, vemos melhor, somos melhores. E se é a bagunça divertida dessa fase característica marcante, desejo muita bagunça nessa vida.
2 comentários:
Nossa, quão bom é a infância... lembrei muito... nossa... muito meeeesmo, q saudades me deu! Adorei lembrar, fui muito feliz!
bjus mocinha!
E, tempos que já não voltam mais...
Ser um pouco criança não é voltar ao passado mais ver de uma maneira um pouco melhor as duras trilhas do futuro...
(...)
Beju
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