
Um vazio consome o interior,é como sentir falta do que não se tem sem si quer ter tido, ou mesmo tendo ainda não se tem.
É um nada de tudo, onde se quer ser o que te querem mas “sem querer” não se é.
E assim esgueira-se em mascaras alegres e tristes, belas e feias, e o espetáculo não pode continuar. Por debaixo dessa farsa grita por socorro – Pare! – mas se vê só, no meio de tanto, mas só. Isso incomoda, a vontade de fugir corroe suas forças, assim se esconde no meio de outros, mas o q não sabe é q sua solidão não está em ficar sem ninguém por perto e sim de conseguir ficar consigo, com o q se transformou. Mesmo assim se sente a salvo quando pode ter suas companhias, a salvo do seu nada, do seu vazio, do seu nem ódio nem amor, do seu nem frio nem quente, do seu morno. Mente p si e tenta ser metade do q sente, mas nem isso é, sofre por não conseguir voltar ao q já foi.
Alucinadamente tenta preencher essa ausência q lhe consome, ausência de vida, de morte, de ser, de não ser, de tudo e de nada, e se perde dentro do seu próprio caos. Num mundo q não dá p sair, q vai estar a sua procura, dentro de suas viceras, para lembrar que não se foge de si mesmo.
Logo se conforma e espera, talvez nem tenha o q esperar, talvez haja uma saída, pelo menos tentar...
Mas o fim não tirará o q se foi, e só fortalecerá o q se vendia. Vê seu vazio tão oco q nem eco faz, então p q gritar, fugir, espernear, se ninguém pode ouvir...deita-se e espera passar...
E na loucura angustiante das horas acorda, sente q pode ainda estar existindo, talvez até tenha vida, então prefere continuar...talvez assim possa um dia se preencher.
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